terça-feira, 7 de julho de 2015

A outra fase das redes sociais... "Sem final feliz!"

Ela se viu só, e durante o caminho para casa depois de dia de trabalho perguntou aos céus. Porque estou só? quero uma amor, quero alguém. Tomou uma decisão, como não costumava sair resolveu procurar um site de relacionamento, não queria qualquer um e pensou, sou pra casar portanto; e foi assim que escreveu no buscador principal da internet "sou pra casar" e um site se abriu com estes termos. Não hesitou e fez um perfil, escolheu uma linda foto onde estava trajada de alemã, e em um lugar muito florido. Ao finalizar apertou a tecla "enter" e deixou o que chama de destino fazer o resto, confiante e sonhadora esperou.
Passados alguns dias apenas recebeu o email de um homem diferente de tudo que havia imaginado, queria alguém em sua cidade, pelo menos em seu Estado, queria alguém próximo com quem pudesse namorar de verdade, dar as mãos, enfim. Ele aparentava mais idade que o especificado, Parecia ser distinto, escrevia muito bem de forma muito formal para os temos atuais. Leu rapidamente o perfil, viu que se tratava de um advogado e que era de nacionalidade portuguesa. E por este motivo não deu muita importância, Estava com sua mãe, quando o skype chamou e para sua surpresa era ele; ela havia lhe dado o contato do skype para caso necessitasse de orientação em Belo Horizonte cidade para onde estava indo fixar residencia e trabalhar. Atendeu e conversaram, a mãe foi apresentada e ele sempre cordial e gentil. Dali por diante sua caixa de correspondência estava sempre com uma mensagem, cada vez mais atencioso, mais dedicado mais carinhoso, até um dia perguntar se ela queria ser sua noiva, isso mesmo em menos de 10 dias estava querendo firmar um compromisso, claro depois de vários emails cada vez mais declarativos de uma súbita paixão, onde dizia ser ela o amor da sua vida! Envolveu-a numa teia trabalhada com os mais puros sentimentos, que uma mulher esperaria de um grande amor, serem felizes para sempre! Tudo correu rápido entre o noivado e o pedido de casamento foram menos de 30 dias, sempre com a promessa do casamento religioso que para ele, este sim era o mais importante, por isso o casamento civil poderia ser por procuração, sendo ele advogado já havia consultado a legislação brasileira, tudo soou estranho, o medo as vezes tomava conta dela, mas ele quando notava, tecia mais a teia, com palavras como - Querida, fica calma, não estou casando pelo visto porque já tenho, E lembre-se já reservei o local da cerimonia, já conversei com o Padre João, você já marcou a data, deixe a menina que tem dentro de você falar mais alto e não a razão, sonhe, vou realiza-lo. Ele tecia sua trama, ao passo que ela bordava seu vestido do casamento. Tal qual uma aranha, ele tecia sua rede de forma a tranquiliza-la. Eram muitas promessas, que culminavam com a realização do sonho dela; por isto suspirou aliviada, acreditou, confiou...
(segue o próximo em breve)

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